O deputado federal Helio Lopes (sem partido-RJ) foi às redes denunciar a empresa de bebidas Coca-Cola de promover, por meio de um curso, racismo reverso. Lopes, a partir de uma polêmica envolvendo a matriz americana da empresa, afirmou que a Coca "está promovendo curso para ser menos branco".
"Qual a sua opinião sobre esse absurdo? Se fosse ao contrário? Curso para ser menos branco na Coca-cola. Se essa onda pegar…", questionou o parlamentar bolsonarista.
Quem trouxe o caso à tona foi o New York Post a partir de uma denúncia de uma influenciadora digital de extrema direita, Karlyn Borysenko, que se autodeclara como uma "defensora da proibição da teoria racial crítica".
De acordo com Borysenko, a empresa estaria obrigando os seus funcionários a fazerem o curso que estava na plataforma educacional do Linkedin.
Em sua postagem, a influenciadora afirmou que alguns slides apresentados no curso diziam "tente ser menos branco" com dicas que incluem "ser menos opressor", "ouvir", "acreditar" e "romper com a solidariedade branca".
Após a postagem de Borysenko viralizar, o Linkedin afirmou que o referido curso se tratava de uma entrevista com a socióloga Robin DiAngelo, autora do livro "Fragilidade Branca" (sem tradução para o Brasil).
Posterior à repercussão negativa, o Linkedin informou que o curso não estava mais disponível. A socióloga Robin DiAngelo, por sua vez, declarou que não sabia que a sua obra estava sendo usada no curso.
A assessoria de DiAngelo afirmou que a autora "não sabia que os vídeos haviam sido reeditados dessa forma, ou que estava sendo comercializados como um treinamento anti-racismo, uma vez que a forma como foi elaborado não representava com precisão a forma como ela facilitaria esse tipo de trabalho".
A Coca-Cola negou que o treinamento fosse obrigatório e declarou que o curso "Confrontando o racismo" "não fazia parte do currículo da empresa".
Por fim, internautas ironizaram a “denúncia” e afirmaram que “só pessoas brancas estavam replicando a postagem”.