O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), designou uma missão para o vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP): monitorar os trabalhos de Bia Kicis (PSL-DF), que vai presidir a CCJ até 2022.
A indicação de Pereira, que é pastor licenciados da Igreja Universal, foi o jeito encontrado por Lira para acalmar os ânimos dos parlamentares da oposição e do centrão, que eram contra a nomeação de Bia Kicis à presidência da CCJ.
O principal objetivo do presidente da Câmara com a indicação de Pereira para a vice-presidência da CCJ é ter alguém com experiência para aguentar a pressão dos partidos de oposição e não permitir pautas que provoquem o Supremo Tribunal Federal (STF).
A deputada federal Bia Kicis é ex-procuradora da Justiça e foi eleita em 2018 na onda bolsonarista e com fortes críticas ao STF. Em um vídeo que já circulou muito pelas redes, Kicis afirma que o ministro do STF, Celso de Mello, é um "juiz merda".
Presidenta da comissão mais importante da Câmara dos Deputados, pois, é na CCJ que todos os Projetos de Lei começam a tramitar, Bia Kicis é alvo do inquérito do STF que investiga a participação de parlamentares e o uso de dinheiro público para financiar protestos da extrema direita que pedem o fechamento da corte, a volta da ditadura e a edição de um novo AI-5.