Pesquisa Ipespe feita com exclusividade ao Valor Econômico mostra que os candidatos progressistas venceriam o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, na disputa para o governo de São Paulo. Geraldo Alckmin (PSDB) é o que mais pontua, com 23% dos votos, seguido de Fernando Haddad (PT), com 19% e Guilherme Boulos (PSOL), com 11%.
Tarcísio tem 8% das intenções de voto, enquanto Rodrigo Garcia (PSDB) tem 3%, e o ex-ministro Abraham Weintraub não pontua. Brancos e nulos somam 27%.
Em um segundo cenário, excluindo Alckmin e Haddad e incluindo Márcio França (PSB), Boulos lidera com 23%; França atinge 19%; Tarcísio, 10%; e Garcia, 5%.
Em um terceiro cenário, sem Alckmin ou França e com Haddad, o petista tem 27%, e Boulos e Tarcísio aparecem com 13% cada. Garcia vem em seguida com 6%.
Alckmin, Haddad e Garcia mantiveram os mesmos percentuais em relação ao levantamento feito em setembro. Boulos oscilou 3 pontos percentuais para baixo, dentro da margem de erro. Tarcísio oscilou 3 pontos para cima e Weintraub, 3 para baixo.
Até agora, somente Garcia e Boulos demonstraram intenção de concorrer. De saída do PSDB, Alckmin é cotado para disputar as eleições de 2022 como vice na chapa para a Presidência encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já Tarcísio e Weintraub seriam nomes da direita, aventados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula lidera com folga para presidência
O ex-presidente Lula lidera com folga nas intenções de voto para a presidência da República em São Paulo. Segundo a pesquisa Ipespe, em simulação de primeiro turno, Lula teria 35% da preferência dos eleitores, contra 24% do presidente Jair Bolsonaro (PL) e 12% do ex-juiz Sergio Moro (Podemos).
Em teste de segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 47% a 33%. Contra Moro, que foi responsável pela prisão do petista, em 2018, em lawfare promovido pela Operação Lava Jato, a diferença é quase idêntica: Lula ganharia por 47% a 34%.
Ciro Gomes (PDT) e o governador João Doria (PSDB) teriam 5% cada. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) teria 2%; e o senador Alessandro Vieira (Cidadania), 1%. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) e o cientista político Luiz Felipe d’Avila (Novo) não pontuaram.