Pela primeira vez o ator e diretor Alec Baldwin falou publicamente sobre a morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins, vítima de um tiro acidental no set de gravações do longa de faroeste “Rust”, em 21 de outubro. As circunstâncias desse pronunciamento é que foram nada convencionais.
Perseguido incessantemente por um grupo de paparazzi desde que o trágico acidente ocorreu, há pouco mais de duas semana, Baldwin, em companhia da esposa Hilaria, precisou parar o carro no acostamento de uma estrada, sair do veículo e falar com os fotógrafos que não o deixavam em paz.
“Não tenho permissão de fazer nenhum comentário porque é uma investigação em andamento. Fui orientado pelo xerife de Santa Fé a não responder nenhuma pergunta. Eu não posso responder nenhuma questão porque é uma investigação em andamento sobre uma mulher que morreu. Ela era minha amiga!", disse ele, à beira de uma estrada. "No dia que cheguei em Santa Fé, a levei para jantar. Éramos uma equipe muito, muito bem treinada filmando um filme juntos, e então esse evento horrível aconteceu", explicou o ator de 63 anos.
Visivelmente abatido, Alec Baldwin mostrou-se o tempo todo preocupado com a família de Halyna, em especial com o filho dela, de nove anos, que ficou com o pai e marido da diretora, Matthew Hutchins.
"Ele (o marido) está em choque, ele tem um filho de nove anos. Estamos em contato constante com ele porque estamos muito preocupados com sua família e seu filho. Como eu disse, estamos ansiosos esperando que a polícia nos diga o que sua investigação revelou”, contou.
O artista veterano comentou ainda sobre a campanha que já existia para se controlar mais o uso de armas nos sets de gravação e para se reforçar medidas de segurança para os trabalhadores envolvidos nessas produções. Ele afirmou que agora está mais interessado do que nunca nessa pauta.
"Mas lembre-se de quantas balas foram disparadas em filmes e programas de TV nos últimos 75 anos. Esta é a América. Quantas bilhões nos últimos 75 anos? E quase todas sem incidentes. Então, o que precisa acontecer agora é, quando acontecer uma coisa horrível e catastrófica, algumas novas medidas precisam ser tomadas. Pistolas de borracha, armas de plástico, nada de real - nenhum armamento real no set. Isso não cabe a mim decidir. Vocês precisam entender que não sou um especialista neste campo, portanto, seja o que for que as outras pessoas decidam que é a melhor maneira de fazer em termos de proteção da segurança das pessoas nos sets de filmagem, sou totalmente a favor e cooperarei com isso de todas as maneiras que puder”, finalizou.