A notícia de que Glaidosn Acácio dos Santos, conhecido como Faraó dos Bitcoins, seria solto pela Justiça provocou uma intensa comemoração em frente à sede do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), nesta terça (26), no Centro do Rio de Janeiro.
No entanto, a informação era falsa e o empresário, dono da GAS Consultoria e Tecnologia, continua preso, acusado de comandar um esquema de pirâmide financeira, disfarçado de operação de investimento em criptomoedas.
A ação do Faraó dos Bitcoins teria movimentado, ilegalmente, cerca de R$ 38 bilhões.
Os manifestantes, por engano, festejaram o que pensavam ser a liberdade de Glaidson. Porém, era apenas o voto do desembargador William Douglas, favorável à soltura. Os votos contrários foram do relator Flávio Lucas e de Marcelo Granado. Com isso, ele continua preso.
Os apoiadores chegaram ao local em ônibus fretados e realizaram um protesto desde o início da tarde, antes do começo do julgamento. Eles gritavam: “Faraó dos bitcoins”; “A vitória é nossa, deu tudo certo”; “Obrigado, Senhor”; “Eu sou GAS com muito orgulho e com muito amor”. Não deu certo.
Glaidson está preso desde o dia 25 de agosto. Foragida, sua esposa teria resgatado mais de R$ 1 bilhão em criptomoedas antes de desaparecer.
Universal
Ex-garçom e ex-pastor, Glaidson fez doações milionárias à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). De acordo com levantamento da Receita Federal, as transferências foram de R$ 29 milhões, entre 2018 e 2020. No entanto, a própria igreja confirmou ter recebido valores ainda mais altos: R$ 72,3 milhões, entre 4 de maio de 2020 a 12 de julho de 2021.