O candidato governista à presidência da Câmara dos Deputados Federais, Arthur Lira (PP-AL), foi entrevistado na noite deste domingo pelo canal Globo News e afirmou que "a centralização de poder fez mal" ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
"A Câmara vai sair do 'Eu' e voltar para o nós. Usar de chavões de ocasião não vai resolver o problema do parlamento. Vamos fazer uma Câmara previsível, vamos retomar as reuniões com líderes e respeitar as diferenças entre direita, centro e esquerda", declarou Lira ao criticar a gestão de Maia.
Lira também afirmou que, caso seja eleito, vai se reunir semanalmente com os líderes para discutir as pautas e que estas serão divulgadas, dessa maneira, disse o parlamentar, “a sociedade saberá o que esperar da Câmara. A pauta vai ser divulgada e isso vai trazer paz para o Brasil", disse.
Questionado se daria andamento aos pedidos de impeachment do presidente Bolsonaro, Lira respondeu afirmando que quem deve ser cobrado é o Maia. "O Maia tem 57 pedidos, se ele não pautou é porque sabe que não há ruptura por parte do governo", criticou.
Arthur Lira também afirmou que o "impeachment é um processo político" e que se houver "atos gigantes, isso vem naturalmente". Todavia, ele afirmou que "em tese" não vai se manifestar sobre o impeachment de Jair Bolsonaro.
Sobre a postura do governo Federal e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, Lira afirmou que quem demite ministro "é o presidente da República" e que "sempre que o ministro errar, vamos cobrar. Eu cobrei um plano de vacinação. É da vacina que nós precisamos", disse Lira.