Governador interino do Rio cogita sair do PSC para se afastar de Witzel e Pastor Everaldo, diz jornal

Investigado por corrupção na mesma operação que afastou o titular do cargo, Cláudio Castro já buscava se aproximar dos Bolsonaros antes de assumir

Cláudio Castro, governador interino do Rio (Foto Carlos Magno/Governo do RJ/Divulgação)
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O governador interino do Rio, Cláudio Castro, está cogitando sair do PSC, num claro gesto para se distanciar de Wilson Witzel, o titular do cargo, afastado na sexta-feira (28) por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de corrupção. As informações estão em reportagem deste domingo (30) do jornal O Globo.

A saída também serviria para Castro desvincular sua imagem do Pastor Everaldo, presidente da sigla e preso na mesma operação que afastou Witzel. O próprio interino é investigado nesse inquérito, que apura esquemas ilícitos e corrupção na área da saúde na gestão estadual. No entanto, não foi impedido de assumir o cargo nem teve sua prisão pedida.

Castro já tinha buscado o senador Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente, para construir pontes com o clã. Ele iniciou essa aproximação desde que o processo de impeachment de Witzel foi aberto.

O governador afastado foi eleito com o mesmo discurso do capitão reformado, mas se distanciou depois de assumir, até porque passou a almejar a Presidência da República.

Marketing de reunião

Nem bem assumiu o governo e Castro já fez questão de mandar publicar no site oficial do governo fluminense sua primeira reunião de trabalho, com a área da segurança.

No sábado (29), fez figurar outra ação no site: seu encontro com o secretário estadual da Saúde, para tratar do combate à Covid-19.

A pessoas próximas, segundo o Globo, Castro disse querer mostrar que sua administração está “acima de questões partidárias”. Por isso, depois de sair do PSC, relata o jornal, ele pretende ficar um tempo sem filiação partidária.