A entidade Coalizão Negra por Direitos protocolou um pedido, nesta quarta-feira (12), de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ). No dia seguinte, a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, cancelou os mandatos de sete pessoas filiadas a entidades que integram a Coalizão e que faziam parte de um conselho vinculado à pasta.
A justificativa do ministério para os cancelamentos foi que algumas das organizações que eles representavam estariam no 4º mandato consecutivo junto ao conselho, o que, segundo o ministério, não seria permitido.
O pedido de impeachment de Bolsonaro foi protocolado em função da morte de mais de 100 mil pessoas vítimas da Covid-19. A Coalizão é um movimento composto por mais de 100 outras entidades que representam o movimento negro em diversos estados do país.
Nesta quinta-feira, o Diário Oficial da União publicou uma portaria assinada pela ministra Damares Alves anulando as designações de diversas pessoas ligadas a movimentos que integram a Coalizão para o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
O conselho tem seus integrantes escolhidos a cada dois anos por meio de seleção junto à sociedade civil. Em dezembro de 2018, os integrantes do conselho foram designados para um mandato de dois anos referente ao biênio entre 2019 e 2020. O mandato deles, portanto, venceria apenas em dezembro.
Os conselheiros que tiveram seus mandatos anulados são: Danilo Rosa de Lima (do Educafro), Ângela Cristina Santos Guimarães (da União dos Negros pela Igualdade), Ângela Maria da Silva Gomes (Movimento Negro Unificado), Rosilene Torquato de Oliveira (Agentes de Pastoral Negros do Brasil), Moara Correia Saboia (Coletivo Nacional de Juventude Negra), Maria Rosalina dos Santos e José Alex Borges Mendes (Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas).
Com informações do Globo