O Presídio Miguel Castro, na zona leste de Lima, foi cenário de uma revolta iniciada pelos presos do local, após a morte de dois presos, e o rumor de que eles haviam sido vítimas da infecção covid-19, causada pelo novo coronavírus.
Segundo a imprensa peruana, o motim começou durante a tarde desta segunda-feira (27) e ainda não foi controlado. Os rebelados exigem que o presidente Martín Vizcarra conceda indulto a todos os 3 mil prisioneiros, por razões humanitárias.
Também reclamam que o tratamento dado pelas autoridades aos presos diante do avanço da pandemia coloca suas vidas em perigo.
Segundo o INPE (Instituto Penitenciário Nacional do Peru) os confrontos entre as forças de segurança e os amotinados levaram à morte de 9 presos. Além disso, 60 agentes penitenciários e cinco policiais também ficaram feridos.
O diretor do INPE, coronel Gerson Villar, declarou que o protesto chegou a ocupar seis pavilhões do presídio. O militar também criticou as demandas dos presos, assegurando que a instituição penitenciária conta com 200 mil comprimidos de azitromicina para distribuir nas prisões, além de 50 mil máscaras e mais de 2 mil testes rápidos de covid-19.