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Três instituições enviaram à ONU e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos Organização dos Estados Americanos (OEA) uma denúncia acerca das perseguições que tem sofrido o jornalista americano Glenn Greenwald e a equipe do Intercept Brasil.
O Instituto Vladimir Herzog, a Repórteres sem Fronteiras e a Artigo 19 encaminharam um documento a David Kaye, Relator Especial sobre Liberdade de Expressão da ONU. À OEA foi solicitada a atribuição de medida cautelar para de garantir a proteção do direito à liberdade de expressão de Greenwald.
O Ministério Público Federal denunciou Glenn Greenwald pelos crimes de associação criminosa e interceptação telefônica. O procurador que fez a denúncia contraria o relatório da investigação realizada pela Polícia Federal, que afirma não haver evidências de que o jornalista tenha cometido qualquer tipo de crime relacionado ao vazamento das mensagens que compõe a Vaza Jato.
As entidades apontam que a ofensiva do MPF é uma clara tentativa de intimidação contra Glenn Greenwald por conta das reportagens que denunciam irregularidades cometidas durante a Lava Jato e atentam para o perigo das restrições à liberdade de imprensa que vêm sendo impostas no Brasil. Elas esperam que, com a denúncia, tanto a ONU quanto a OEA cobrem, oficialmente, explicações do Estado brasileiro sobre a perseguição em curso contra Glenn Greenwald e toda a equipe Intercept.