Com fim do auxílio emergencial, renda deve cair 2% e desemprego atingir novo recorde

Primeiro semestre de 2021 deve registar as piores taxas de desemprego dos últimos anos

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O fim de 2020 também marca o fim do pagamento do auxílio emergencial, o benefício que foi instituído pelo Congresso Nacional pagou, a partir de abril, três parcelas de R$ 600 e, posteriormente, mais quatro de R$ 300.

Neste mês de dezembro devem ser efetuado o pagamento da última parcela. O presidente Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes argumentam que a capacidade de endividamento do governo "está no limite" e por isso o auxílio emergencial será encerrado.

Economistas apontam a importância que o auxílio emergencial teve para a economia brasileira, pois, a partir dele bilhões foram injetados, mas também seguem a linha de Guedes e afirmam que o governo agora tem uma dívida bilionária.

Uma estimativa feita pela LCA Consultores Cosme Donato projeta que, com o fim da renda emergencial a rende total do país deve cair 2%.

Juntamente com a queda da renda, o desemprego deve continuar crescendo e bater novos recordes no começo do ano que vem.

“Os números atuais podem dar a impressão de que vivemos uma bonança, mas temos um cenário bem complicado pela frente”, disse o superintendente de pesquisas macroeconômicas do Santander Brasil, Maurício Oreng, à CNN Brasil.

O banco Santander estima que o desemprego deve chegar em 16% no primeiro semestre de 2021.

Caso a estimativa do banco esteja certa, será a pior taxa registrada desde 2012, quando o IBGE iniciou a série histórica sobre a taxa de ocupação da população brasileira.

“Há um cenário de recuperação, mas ela não vem de imediato. Então o mercado de trabalho ainda vai piorar antes de melhorar”, disse Oreng, do Santander.

Com informações da CNN Brasil