De acordo com informações de O Globo, a campanha tem uma estratégia de marketing para trazer a público o que o governo chama de "iniciação sexual não precoce" e está sendo concebida pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, chefiado pela ministra Damares Alves, junto com o Ministério da Saúde. O foco inicial nas redes sociais e o público alvo são jovens entre 10 a 18 anos.
A ideia é mostrar aos meninos e meninas os "benefícios" de adiar o início da vida sexual. Segundo o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício José Silva Cunha, a argumentação não é feita a partir de elementos religiosos e sim em estudos científicos - que não são conhecidos e nem foram divulgados até o momento.
A extensão da campanha para outros meios como televisão e rádio ainda depende da disponibilidade do Ministério da Saúde, que arcaria com os custos. O anúncio que a abstinência sexual seria usada como política de governo contra a gravidez precoce gerou polêmica. A medida foi confirmada por Damares.
Experiências "positivas"
A ideia é que os ministérios construam, futuramente, a Política Nacional de Prevenção ao Risco da Atividade Sexual Precoce. Eles usam como exemplo experiências "positivas" dos Estados Unidos e de Uganda, independentemente da situação econômica da região.
Quem criou a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência foi Bolsonaro. Ficou estabelecido, na primeira semana de fevereiro, que serão realizadas ações para "disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência".