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Apenas oito quilômetros separam o Museu Nacional do Museu do Amanhã, da Fundação Roberto Marinho. Porém, a pouca distância entre eles encobre a diferença de recursos públicos recebidos pelas instituições históricas.
Inaugurado em 2015, o Museu do Amanhã recebeu R$ 12 milhões dos cofres públicos ano passado - oito vezes o valor que o museu de 1822 pedia para arcar com suas despesas de manutenção.
Mesmo que o destino seja diferente, a fonte de financiamento é parecida: o Museu do Amanhã recebe dinheiro da Prefeitura do Rio; já o Museu Nacional recebe verbas federais. Sem receber o dinheiro para a manutenção há três anos, a instituição viu o auge de sua crise no último domingo (2), quando um incêndio destruiu as instalações.
Essa diferença de investimento público, de 24 vezes, é ainda maior na prática, uma vez que Brasília não repassou a verba integral ao Museu Nacional por três anos seguidos.
De acordo com a UFRJ, o governo transferiu R$ 346,3 mil em 2015, aumentou o valor para R$ 415,3 mil em 2016 e, no ano passado, voltou a reduzir o repasse, novamente para R$ 346,3 mil.
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