Loja envia para cliente mensagem de apoio à intervenção militar

Cliente recebeu de loja de materiais otopédicos mensagem de apoio à ruptura democrática

Consumidora recebeu mensagem de apoio à intervenção. Imagem: Reprodução
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A comunicadora Laryssa Sampaio teve neste domingo uma ingrata surpresa ao efetuar compra online em uma loja de materiais ortopédicos. Ela recebeu pelo Whatsapp da "Orthoborges" uma mensagem de apoio à intervenção militar. Indignada, ela postou nas redes sociais o ocorrido para denunciar a conduta invasiva do estabelecimento. "Nunca tinha passado por nada parecido. Já bloqueei do meu Whatsapp. Não quero mais contato e vou fazer questão de avisar às pessoas sobre essa atitude para que ninguém mais compre com eles", disse Laryssa. Ainda no Whatsapp, depois do envio da mensagem, ela enviou uma resposta de repúdio. "Absurdo isso. Fiz contato profissional pra compra e venda e eu ficar recebendo mensagem que nem pedi. Invasão de privacidade. Bloqueando o contato e o contato com a loja", postou. A Orthoborges respondeu à cliente no minuto seguinte. "Desculpa se isso lhe encomoda (sic)... estou enviando uma mensagem de patriotismo por nosso país.. Pode me bloquear se me achar melhor". Laryssa encerrou a conversa avisando que iria expor o caso publlicamente. "Não só vou bloquear, como vou denunciara invasão de privacidade. E é incomoda, com i". Ativista de causas sociais, conta que é a primeira vez que passou por uma situação de constrangimento em uma relação de compra e venda online. "Nunca tinha passado por isso. ´Já tive problemas com familiares que enviaram mensagens de intervenção e de ódio contra Lula e o PT. Tive que bloquear também. O ódio está muito grande na internet e no Whatsapp acho ainda mais invasivo". Outro lado Procurados pela reportagem da Fórum, os proprietários da Orthoborges admitiram o envio postagem e o apoio à intervenção militar. "A mensagem foi enviada para mais de 3 mil contatos no Whatsapp, não apenas clientes, mas amigos, familiares e somente a Laryssa reclamou, disse Priscila Estéfan. "Eu sou favorável à intervenção militar. Nenhum dos candidatos que estão aí prestam e os militares entrando vão impedir que esses políticos entrem no poder", continuou."Ela me desrespeitou, ela me tirou (sic) quando eu escrevi errado", completou Priscila, que disse também ter pendurado faixas de apoio ao retorno dos militares. Marido de Priscila, o sócio da loja, que se identificou apenas como Ivan, definiu a crítica à postagem como "desnecessária". "Não gostou, exclui e bloqueia. Acho desnecessário tudo isso. Se ela se ofendeu, eu só posso pedir desculpas e lamentar. Eu recebo mensagens no Whatsapp dos meus fornecedores e nunca reclamei publicamente", disse ele. O sócio da loja também afirmou a simpatia pelos militares. "A intervenção militar seria o melhor para o país".