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O ex-ministro José Dirceu, que tinha até às 17h desta sexta-feira (18) para se entregar à Polícia Federal, já se apresentou e, por volta das 14h, estava no Instituto Médico Legal de Brasília para os exames de praxe. De lá, o petista deve ser conduzido para a penitenciária da Papuda, onde começa a cumprir sua pena de 30 anos de prisão.
O deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF), que tomou café da manhã com Zé Dirceu, afirmou mais cedo que ele está "indignado", mas "sereno". Segundo Vigilante, o ex-ministro estava preocupado com a filha de 7 anos.
O mandado de prisão foi expedido no início da noite desta quinta-feira (18) pela juíza substituta Gabriela Hardt, após o Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF4) ter negado recurso da defesa de Dirceu. O ex-ministro ainda pode recorrer a instâncias superiores.
Dirceu chegou a ser preso preventivamente em agosto de 2015, com a deflagração da 17ª fase da Lava Jato, mas teve habeas corpus concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em maio de 2017. Ele é acusado de ter recebido R$ 12 milhões em propina da Engevix por meio de contratos superfaturados com a Petrobras.
O petista foi condenado a 30 anos e nove meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A sua pena é a segunda mais alta dentro da Lava Jato até o momento. A primeira é a que foi aplicada a Renato Duque: 43 anos de prisão.
No dia 19 de abril, a corte já havia julgado os embargos infringentes, interpostos quando há alguma divergência entre os juízes na sentença, buscando a manutenção da pena mais benéfica para o réu. Na ocasião, o TRF-4 também decidiu manter a pena estipulada em setembro de 2017.