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Mãe diz que filho não é bicho: "Ele precisa de ajuda, de tratamento, a gente não tem condições de pagar, a gente é pobre. Eu sou auxiliar de limpeza e estou desempregada.”
Por Redação* Foto: reprodução internet
O Coletivo Afroguerilha afirma em nota publicada em seu perfil no Facebook que já conseguiu arrecadar o valor necessário para fazer a “remoção da tatuagem da testa do garoto torturado, que sofre de problemas mentais”. A referência é ao adolescente de 17 anos, de São Bernardo do Campo, que teve a frase “Eu sou ladrão e vacilão” tatuada em sua testa depois de ser acusado de tentar roubar uma bicicleta.
Além da remoção da tatuagem, o coletivo afirma que o valor também será usado em parte no processo judicial, em tratamento psicológico e o restante irá para a avó do garoto, que é a responsável por ele e vive uma situação de pobreza muito forte, inclusive tem a água e luz de casa cortados. O adolescente tem problemas com dependência de drogas.
Entrevistado pelo site G1, ele disse que “teve vontade de morrer” quando olhou no espelho e viu a frase tatuada na testa. “Comecei a chorar”, afirmou. Ele também negou ter tentado roubar a bicicleta, como disseram os dois homens que o torturaram. “Estava bêbado, esbarrei na bicicleta e ela caiu”, disse. Os responsáveis pela tortura, o tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis e seu vizinho Ronildo Moreira de Araújo, que filmou a ação em vídeo que viralizou na internet, foram presos pela Polícia Civil.
Meu filho não é bicho – A mãe do adolescente, a auxiliar de limpeza Vania Rocha, também entrevistada pelo G1, disse: "Meu filho não é boi, não é animal. Ele não é bicho... A gente precisa tirar isso do rosto dele porque ele não é bicho. Muita gente está julgando ele, mas ninguém conhece a história dele. A única coisa que a gente quer é Justiça." Para a reportagem, afirmou que esperar tratar a dependência química do filho: "Ele precisa de ajuda, de tratamento, a gente não tem condições de pagar, a gente é pobre. Eu sou auxiliar de limpeza e estou desempregada.”
*Com informações do Coletivo Afroguerilha e do G1