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Após uma enxurrada de críticas e ataques, o trio compõe o mesmo lado na corrida pela prefeitura de São Paulo em 2016
Por Redação
“Como posso, neste momento, me integrar à campanha do Haddad se corro o risco, de uma hora para outra, de me ver de mãos dadas com o Kassab?”. A mensagem, publicada nas redes sociais da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), em 2012, mostrava a indisposição em aceitar uma possível aliança entre o PT, seu então partido, com o PSD nas eleições municipais de São Paulo.
E, mais do que isso, deixava claro o desafeto com o atual ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, com quem disputou a prefeitura da capital paulista em 2008. Na ocasião, Marta foi bastante criticada ao questionar a sexualidade de seu adversário. “Você sabe quem é o Kassab? Sabe se ele é casado? Tem filho?”, indagava a campanha no rádio e na televisão.
O vereador Andrea Matarazzo (PSD), escolhido para ser vice de Marta na corrida pela prefeitura neste ano, também já trocou diversas farpas com a ex-petista. Ele, que integrou a gestão de Kassab e de José Serra (PSDB) no comando da cidade, era acusado por Marta de fazer parte de uma administração “nefasta” e “sem compromisso com o social”.
Matarazzo, por outro lado, não poupou críticas, apontando falhas do período em que ela exerceu o cargo de prefeita, entre 2001 e 2005. A senadora foi apelidada de “Martaxa” e atacada por deixar a capital “abandonada, esburacada e falida”, segundo as palavras dele.
No entanto, por conveniência política, agora Marta, Kassab e Matarazzo estão do mesmo lado. O ministro do governo Temer, inclusive, foi o responsável, junto com Serra, de indicar o vereador do PSD para ser vice dela.
E não foi só em relação aos dois que a senadora mudou de ideia. Hoje filiada ao PMDB, Marta chegou a rejeitar o partido para formar chapa em 2004, quando o grupo de Michel Temer tentou emplacar um candidato a vice-prefeito para ela.
Foto de capa: Blog do Fernando Rodrigues