Maia assume ter encerrado CPI que investiga empresas após acordo

Rodrigo Maia (DEm-RJ) admitiu ter revogado a prorrogação da CPI do Carf para manter um acordo feito antes das eleições para presidência da Câmara.

Escrito en NOTÍCIAS el
O novo presidente da Câmara dos Deputados admitiu ter revogado a prorrogação da CPI do Carf para manter um acordo feito antes da eleição em que saiu vitorioso Por Redação* O atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, assumiu em entrevista para o jornal Folha de S.Paulo que revogou a decisão de Waldir Maranhão de prorrogar as investigações da CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e apontou o fim da comissão para primeira semana de agosto, após o recesso branco. O acordo foi firmando por Maranhão com integrantes de outras legendas, como o DEM, PSDB e PSB, enquanto ainda era presidente interino da casa. Após o acordo, Maranhão voltou atrás e estendeu a CPI em 60 dias. Agora, presidente eleito da Câmara, Rodrigo Maia decidiu, honrar o acordo suspendendo a prorrogação de Maranhão e apontando que o relatório deveria ser o foco dos últimos 26 dias de trabalho do colegiado. Operação Zelotes A CPI nasceu das investigações da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que apontaram que conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais cobravam propina de empresários e abatiam valores de multas fiscais. Entre as empresas que o grupo planejava pressionar estava o Safra, Bradesco e Gerdau. Durante a CPI, rumores apontavam que integrantes da comissão parlamentar pediam vantagens à investigados para os “perdoar”, de maneira que os investigados não precisassem depor à comissão. As suspeitas foram levadas ao jornal O Globo pelo deputado Hildo Rocha (PMDB-MA). Acordo O acordo que encerraria as atividades da CPI e levaria a votação do relatório final teria sido proposto e encabeçado pelos parlamentares do PSBD, DEM e PSB devido a preocupação acerca dos rumores do andamento da comissão. Maia aponta que Maranhão firmou acordo com alguns líderes de partido e que a decisão foi coletiva, mas que se precisar ser revista também o seria de forma conjunta. *Com informações do jornal Folha de S.Paulo