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O ex-secretário da Junta Nacional de Drogas, Milton Romani, disse em entrevista que em breve o governo vai iniciar o registro de usuários e quem fizer o procedimento está autorizado a comprar 10 gramas por semana e até 40 gramas por mês. Até agora somente 50 farmácias estariam aptas para receber as 40 toneladas de cannabis que foram colhidas dos produtores do estado, governo fala em "cautela"
Por Victor Labaki
O Uruguai já está prestes a começar a registrar as pessoas que desejam comprar maconha em locais oficiais e autorizados pelo governo. A inscrição desses usuários é um dos últimos passos para a regulação da cannabis aprovada em 2013, durante o governo do ex-presidente Pepe Mujica, que também previu a regulação de clubes de cultivo caseiro da erva.
As empresas privadas que passaram por uma licitação já produzem maconha nas instalações públicas e sob vigilância estatal constante. Fontes do governo disseram à agência de notícias AFP que a maconha já “estava sendo colhida e secada”.
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No dia 7 de julho o ex-secretário da Junta Nacional de Drogas, Milton Romani, disse em entrevista ao jornal uruguaio El Observador que a venda de maconha vai começar em até dois meses, mas ainda não há uma data fechada. Embora ainda haja alguns empasses em relação aos locais onde serão feitas as vendas, Romani se mostra confiante. “Dizer a data exata seria um despropósito, mas digamos que vai ser agora”, comentou.
Mas o ministro disse que antes de começarem as vendas, o governo vai fazer um chamado para os consumidores se registrarem. Romani disse que isso iria acontecer em “poucos dias”.
“Antes de fazer venda na farmácia, vamos fazer um chamado para o registro dos usuários, isso é um passo prévio”, continuou o ministro.
Quem tiver o registro poderá comprar 10 gramas por semana ou até 40 gramas por mês usando apenas a impressão digital. Segundo o governo, a medida serve para preservar a identidade da pessoa que deseja adquirir o produto. Por enquanto, a maconha só vai ser vendida em 50 farmácias espalhadas pelo país. Para Romani, o governo precisa agir com cautela ao disputar espaço com o narcotráfico.
“Temos sido cautelosos porque existem critérios de segurança que temos que tomar porque isso é parte de uma estratégia de luta contra o narcotráfico. Não esquecemos que isso pretende sequestrar o mercado que tem algumas organizações do narcotráfico”, disse.