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Durante entrevista concedida para o SBT Brasil, a presidenta afastada Dilma Rousseff disse que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra o impeachment caso o Senado opte pelo sua saída. Além disso, Dilma apontou Cunha como “ameaça integral” ao governo interino de Michel Temer
Por redação
A presidenta afastada Dilma Rousseff afirmou em entrevista para o jornalista Kennedy Alencar, do SBT Brasil, que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é ameaça integral ao governo interino de Michel Temer. Cunha já é réu em duas ações ligadas a Operação lava Jato, uma por propina e outra por contas com dinheiro não declarado na Suíça.
Ainda durante a conversa a presidenta disse que, caso o Senado aprove seu afastamento definitivo, entrará com recurso no Supremo Tribunal Federal, usando como base a perícia da comissão do Senado que aponta que não houve participação de Dilma no Plano Safra e ausência de irregularidade nas pedaladas fiscais. “Primeiro reforço o caminho para o Senado. Estamos defendendo que há um golpe. Depois há outra batalha no Supremo, que é a última instância", apontou.
Sobre Eduardo Cunha e o presidente interino Michel Temer, a presidenta afirmou ver o parlamentar afastado da presidência da Câmara como uma “ameaça integral, em todos os sentidos” para Temer. Dilma completou ironizando a visita de Cunha ao presidente interino na último domingo (26): “Não trataram de futebol, certamente”.
Quando questionada sobre a possibilidade de um plebiscito para eleições antecipadas, a presidenta afirmou que não irá tomar essa iniciativa, mas que apoiará se for vontade de mais de um terço da Câmara e do Senado, e conclui: "Em qualquer hipótese, para se afirmar a democracia, passa por um requisito: a minha volta à Presidência da República, com plenos direitos".
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR