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“Se não é emergência, que procure um médico que aceita atender canalhas", declarou o presidente da Unimed em Bauru (SP), Roberson Antequera Moron. A opinião foi a mesma do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que apoiou a postura da profissional
Por Redação
O caso da pediatra Maria Dolores Bressan, que negou atendimento a um bebê pelo fato de a mãe ser petista, causou indignação em muita gente, mas boa parte da classe médica insiste em defendê-la.
Em entrevista ao jornal Diário Gaúcho, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Paulo de Argollo Mendes, inclusive disse que admirava a profissional pela atitude. “Certamente atrás disso tem uma história de desconforto, às vezes militantes de um partido fazem proselitismo constante”, argumentou.
Outro que apoiou a pediatra foi o presidente da Unimed em Bauru (SP), Roberson Antequera Moron. Ele é conhecido nas redes sociais por postagens contra o governo. “Somos seres humanos. Não somos escravos. A única obrigação ética é atender emergência. Se não é emergência, que procure um médico que aceita atender canalhas", escreveu sobre o fato.
A Unimed é uma das empresas que financiam as chapas que concorrem à gestão dos Conselhos Regionais de Medicina pelo país. O CRM, por sua vez, é a entidade responsável por investigar desvios de conduta como os que podem envolver a postura da médica gaúcha.
Segundo a mãe da criança, Ariane Leitão, que é ex-secretária estadual de Política para Mulheres e vereadora suplente pelo PT, a pediatra acompanhava seu filho desde o nascimento, mas decidiu não atendê-lo mais depois das notícias ligadas à operação Lava-Jato.
Ariane protocolou uma denúncia nos órgãos competentes e trouxe a história a público para alertar para os riscos da intolerância crescente no país. “Compartilho com vocês para mostrar a que ponto de demência essa gente, que não aceita opinião diferente da sua, pode chegar em seus ataques!”, publicou no Facebook.
Foto de capa: Reprodução/Facebook