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Secretário Nacional de Direitos Humanos do governo FHC lembra que partido liderou, no dia 25 de janeiro de 1984, megacomício pelas Diretas-Já e hoje está à frente de um impeachment ilegal contra a presidenta da República
Por Leonardo Fuhrmann, de São Paulo
Presente na manifestação que lota a Praça da Sé na tarde desta quinta-feira (31/03), o professor e diplomata Paulo César Pinheiro afirmou que o ato é um grande recado ao PMDB - partido que hoje encabeça, ao lado do PSDB e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) – a tentativa de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) .
Secretário Nacional de Direitos Humanos durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e membro da Comissão Nacional da Verdade, Pinheiro já se manifestou em outras ocasiões contra a cassação do mandato presidencial sem justificativa legal, o que considera um golpe contra a democracia.
Mas, para ele, a manifestação desta tarde tem um significado especial por conta do valor simbólico de uma megamanifestação popular na Praça da Sé contra a cassação da presidenta Dilma e pelo respeito ao mandato conquistado nas urnas.
O professor titular de Ciência Política e pesquisador associado ao Núcleo de Estudos da Violência, da Universidade de São Paulo (USP), lembrou que na mesma praça foi realizado um dos maiores e mais importantes comícios pelas Diretas-Já, em 25 de janeiro de 1984.
“A Praça da Sé lotada novamente é um recado para esse PMDB golpista”, afirma Pinheiro. Ele lembra que a manifestação no aniversário de São Paulo daquele ano era liderada pelo PMDB, na época um partido bastante diferente do atual, capitaneado por figuras como Ulysses Guimarães, e capaz de reunir o apoio de diversos movimentos sociais e populares.
Foto: Edgar Bueno