MP deve apresentar denúncia sobre Cartel de trens em São Paulo

Inquérito da Polícia Federal foi concluído há dois anos, só agora caso será apresentado à Justiça e deverá atingir pelo menos três gestões do PSDB no estado, Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. 33 pessoas foram indiciadas, nenhum político.

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Inquérito da Polícia Federal foi concluído há dois anos, só agora caso será apresentado à Justiça e deverá atingir pelo menos três gestões do PSDB no estado, Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. 33 pessoas foram indiciadas, nenhum político. Por redação A Procuradoria da República em São Paulo apresentará ainda em 2016 uma representação formal contra o esquema de corrupção de trens e metrô, conhecido como cartel de trens, no Estado de São Paulo. A representação deve sair após dois anos da conclusão do inquérito da Polícia Federal, em 4 dezembro de 2014. O inquérito aponta envolvimento de ex-diretores e ex-presidentes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), executivos de multinacionais, empresários e lobistas nos crimes de formação de quartel, crime licitatório, lavagem de dinheiro e evasão de divisas entre o período de 1998 e 2008. Se você está gostando desta matéria, apoie a Fórum se tornando sócio. Pra fazer jornalismo de qualidade nós precisamos do seu apoio. O Ministério Público deve concluir o caso até o fim de 2017, entretanto, os envolvidos não devem ser enquadrados por formação de quadrilha, uma vez que, devido à demora no andamento do processo, o crime prescreveu. Nenhum político é alvo da investigação. A demora se deve, segundo Procuradoria da República, pela delonga no envio dos dados da Suíça, Alemanha e do Uruguai, este último país só enviou seus documentos há um mês. Sem as informações, não seria possível concluir o inquérito. O MPF aponta que desde 2014 já pediu a prisão de envolvidos e investigados, mas ninguém foi punido ainda. O promotor Marcelo Mendroni, que é responsável por oito das 33 denúncias do cartel de trens disse que já pediu mandados de prisão, mas que todos foram negados.
“Um dos argumentos para as prisões da Lava Jato é a possibilidade de fuga. Fiz mais de 10 pedidos aqui, mas todos foram negados”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo.