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A residência oficial de Brasília e a casa no Rio de Janeiro do presidente da Câmara dos Deputados - acusado de receber propinas do esquema na Petrobras - amanheceu cercada por agentes da PF, que realizam nesta terça-feira (15) 53 mandados de busca e apreensão, por ordem do STF, em mais uma fase da operação Lava-Jato
Por Redação
A Polícia Federal - a pedido da Procuradoria-Geral da República e com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) - realiza na manhã desta terça-feira (15) um mandado de busca e apreensão na residência oficial de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em Brasília. No Rio de Janeiro, a casa do parlamentar também foi alvo de buscas da PF e amanheceu cercada de agentes. A ação faz parte de uma nova fase da Lava Jato - batizada de Catilinárias - e conta com outros 52 mandados de busca e apreensão referentes a sete processos da operação.
Também estão sendo alvos de buscas as residências do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), do ministro de Ciência e Tecnologia Celso Pansera (PMDB- RJ) e do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RJ).
De acordo com a Polícia Federal, os mandados estão sendo cumpridos em endereços, escritórios e sedes de investigados e empresas com o objetivo de "evitar que provas importantes sejam destruídas" e ressaltou que haverá a apreensão de bens que "possivelmente foram adquiridos pela prática criminosa".
Eduardo Cunha, alvo de ação no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar por, supostamente, ter mentido em CPI ao afirmar que não possui contas no exterior, é acusado por dois delatores de ter recebido US$ 5 milhões em desvios da Petrobras. Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República, que recebeu da Suíça dados sobre a conta que mantinha e sobre a investigação que o acusa de corrupção e lavagem de dinheiro no país europeu.
Foto: Lula Marques