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Em mais um episódio inacreditável da política brasileira, a Câmara da cidade aprovou uma moção protestando contra uma questão na prova do Enem que incluía trecho de um texto do livro O Segundo Sexo, da filósofa e escritora francesa
Por Redação
Em mais um episódio da lista do "inacreditável" da política brasileira, a Câmara Municipal de Campinas (SP) aprovou, nesta quarta-feira (28), uma moção de repúdio direcionada ao Ministério da Educação protestando contra uma questão da prova do Enem que incluía um trecho de um texto do livro O Segundo Sexo, da filósofa e escritora francesa Simone de Beauvoir.
O autor da moção, vereador Campos Filho (DEM), exige que o ministério anule a questão, por, segundo ele, “afrontar esse conjunto de fundamentos jurídicos e o próprio Estado Democrático de Direito”. Em sua justificativa, mostrou todo seu conhecimento sobre a filósofa.“Foram buscar informações com uma filósofa lá em mil trocentos e pôco (sic) para impor a nós a discussão de gênero. Como pode alguém ser um homem de manhã e mulher à noite?”, perguntou. “Dizem que isso acontece porque as pessoas sentem uma pulsão (sic). Mas eu digo. É preciso tomar cuidado com essa pulsão, porque isso pode te levar para cadeia”, afirmou. "A grande maioria é favorável à lei da natureza, homem é homem, mulher é mulher", disse.
Colegas de Campos Filho também seguiram linha similar. "Esse princípio de homem e mulher, esse princípio de homem e mulher faz filho homem e mulher também. Não podemos perder esse princípio que é de uma validade muito grande, de responsabilidade. É muito fácil eu dizer que vou mudar o mundo, mas mudar pra melhor, e nunca da forma que esses que aprovam esse tipo de coisa... Isso é falta de religiosidade. Falta Deus no coração dessa gente, querem mudar um sistema que temos há muitos anos", filosofou Cid Ferreira (SD).
"Nós temos direito de pensar diferente da esquerda desse país", protestou o professor Alberto (PR). “A esquerda raivosa acha que pode falar o que quiser, mas quando a gente fala deles ficam todos delicadinhos. Eu que quero que respeitem a nossa opinião, porque uma coisa é certa: homem é homem e mulher é mulher”, defendeu.
Confira trechos das falas dos vereadores abaixo.