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O número de brasileiros considerados em situação de subalimentação caiu 82% de 2002 a 2013. Assim, o Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome em 2014, de acordo com relatório global da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado hoje (16).
O Brasil alcançou o nível menor que 5% no Indicador de Prevalência de Subalimentação, um critério adotado pela FAO para mensurar e acompanhar a questão no mundo. Com o índice, a organização considera que o País superou o problema da fome.
Segundo a FAO, em 2002, 10,7% da população brasileira era subnutrida. Em 2013, o percentual caiu para 1,7%. “Isso significa que 98,3% da população brasileira tem acesso a alimentos e tem segurança alimentar. É uma grande vitória”, disse a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello. “A fome, que persistiu durante séculos no Brasil, deixou de ser um problema estrutural”, completou ela.
Entre os países da América Latina, o Brasil foi o que apresentou maior redução da fome. Seguido pela Venezuela (79, 2%) e Peru (62,2%). A média de redução do continente ficou em 51,1%.
O relatório da FAO, chamado O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo, traz sete países (Brasil, Bolívia, Haiti, Indonésia, Madagascar, Malavi e Iémen) como estudos de caso, pois desenvolveram políticas de combate à fome eficazes.
No caso do Brasil, o estudo destaca que em 2003 foi implementado o programa Fome Zero, além de outros programas de inclusão social, que resultaram em aumento da oferta de alimentos (em 10 anos, a disponibilidade de calorias para a população cresceu 10%) e que, com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), 43 milhões de crianças e jovens são atendidas com refeições.
Apesar dos dados positivos no Brasil e América Latina, no mundo, ainda são 805 milhões de pessoas que passam fome.
Clique aqui para ler o relatório (em inglês).
(Foto Capa: Divulgação/MDS)