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Perda de apoio de político e a frágil saúde da espoa teriam levado o senador a tomar tal decisão
Por Redação
O senador José Sarney (PMDB-AP) revelou que não vai concorrer à reeleição ao Senado. A decisão se tornou pública por meio de uma nota assinada pelo jornalista Cleber Barbosa, do gabinete de Sarney, divulgada hoje (24). O ex-presidente da República ocupava uma cadeira no Senado desde 1991.
De acordo com a nota do jornalista Cleber Barbosa, alguns motivos fizeram com que Sarney tomasse essa decisão, entre elas, o fato de que o senador pretende ficar mais perto de sua esposa, Dona Marly, que está doente e vive entre idas e vindas de hospitais.
Além do motivo familiar, há também os fatores políticos. No texto, Barbosa afirma que tal decisão já tinha sido comunicada ao PMDB na semana passada. A nota ainda trata das vaias que Sarney recebeu durante o lançamento do programa Minha Casa Minha Vida, em Macapá. “Lá mesmo, na festa da presidente Dilma, muitas pessoas aplaudiram, espontaneamente, a minha presença e a ajuda que tenho dado ao Brasil e ao estado”, declarou Sarney em nota.
Leia a íntegra da nota:
"O senador José Sarney (PMDB-AP) manifestou-se, agora há pouco, a respeito do episódio ocorrido nesta segunda-feira (23) em Macapá, por ocasião do evento do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, em que foi hostilizado por militantes partidários de declarada oposição a ele.
Era esperado que isso pudesse ocorrer, diz, primeiro pelo acirramento do pleito eleitoral que se avizinha, segundo, pela própria mobilização feita com esse propósito, fato este do conhecimento de todos. Sarney diz ter sido convidado pessoalmente pela amiga e aliada Dilma Rousseff, presidente do Brasil e entusiasta do programa de habitação popular iniciado ainda na gestão de Luís Inácio Lula da Silva (sic), outro companheiro de sua estima. Sarney foi, mais uma vez, diplomático, seguiu o protocolo que o evento exigia, para prestigiar a amiga Dilma e os amapaenses beneficiados pelo programa.
Diz também ter recebido no evento – como ocorre por onde quer que vá no país e fora dele – o carinho e a consideração de brasileiros que reconhecem a importância de seu papel na condução do país à redemocratização. “Lá mesmo, na festa da presidente Dilma, muitas pessoas aplaudiram, espontaneamente, a minha presença e a ajuda que tenho dado ao Brasil e ao estado”, acrescenta o ex-presidente.
O senador, de 84 anos, também confirmou aquilo que seus amigos mais próximos e os aliados em Macapá foram comunicados na semana passada, de que não vai disputar a reeleição para o Senado em outubro próximo. “Essa decisão já estava tomada, comuniquei isso ao meu partido na semana passada. Entendo que é chegada a hora de parar um pouco com esse ritmo de vida pública que consumiu quase 60 anos de minha vida e afastou-me muito do convívio familiar”, declarou.
Sarney tem acompanhado de perto as idas e vindas da esposa, Dona Marly, aos hospitais em repedidas cirurgias e lentos processos de recuperação, em casa, como ocorre atualmente.
Ele confirma presença na Convenção do PMDB na próxima sexta-feira, dia 27. E diz também que irá participar das eleições deste ano, não como candidato, mas ajudando de todas as formas, aos inúmeros amigos e aliados que estarão na disputa. Também será a ocasião para se dirigir aos correligionários e simpatizantes, bem como aos cidadãos e cidadãs de bem do Amapá, a quem nutre “profunda gratidão."