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Relatório pede fim de gases poluentes até 2100; o objetivo é minimizar riscos de secas, inundações e extinção de espécies por consequência das mudanças climáticas no planeta
Por Redação
A concentração de gases que provocam o chamado “efeito estufa” alcançou o nível mais elevado dos últimos 800 mil anos. A informação é de um relatório divulgado neste domingo (2) em Copenhague, na Dinamarca. Entre 1880 e 2012, a temperatura média no planeta aumentou 0,85ºC, com uma velocidade inédita, conforme o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Cientistas indicam que há pouco tempo para conseguirmos manter o aumento da temperatura global abaixo do limite de 2ºC, que é a meta estabelecida pela comunidade internacional.
As emissões mundiais de gases poluentes devem ser reduzidas de 40 a 70% entre 2010 e 2050 e desaparecer até 2100, anunciou o Painel. De acordo com o relatório, a Terra caminha para um aumento de pelo menos 4ºC até 2100, em comparação com o nível da era pré-industrial, o que poderá provocar grandes secas, inundações, aumento do nível do mar e extinção de muitas espécies, além de fome, populações deslocadas e conflitos.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas foi criado em 1998, com o objetivo de fornecer informações neutras e objetivas sobre as mudanças climáticas, os impactos e as estratégias necessárias para reverter o problema. O relatório foi elaborado por mais de 800 especialistas e é o quinto resumo feito em 26 anos de trabalho. O anterior foi publicado em 2007 e ajudou a preparar a reunião de cúpula de Copenhague, em 2009.
Foto de capa: Marcelo Camargo/ABr