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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pediu ao diretor-geral da PF que apure se houve ilegalidade ou ofensa à ética profissional por parte dos policiais da operação Lava Jato; ele ressaltou que opiniões pessoais não podem comprometer a imparcialidade das investigações
Por Redação
Na quinta-feira (14), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a corregedoria da Polícia Federal vai investigar delegados que atuaram na operação Lava Jato e criticaram o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff, ambos do PT, nas redes sociais. Na avaliação do ministro, quem conduz esse tipo de investigação não pode “partidarizar” os trabalhos. Se houver comprovação de ilegalidades ou ofensa à ética profissional, medidas serão tomadas para punir os policiais.
Nas postagens feitas em seus perfis no Facebook, delegados da Superintendência da Polícia Federal do Paraná fizeram propaganda do ex-candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) durante a campanha eleitoral. Um deles chegou a chamar Lula de “anta” e outro divulgou reportagem que continha depoimentos do doleiro Alberto Youssef, que corria em segredo de Justiça, tentando associar os líderes petistas ao suposto esquema de corrupção na Petrobras.
De acordo com Cardozo, todo cidadão pode se manifestar livremente e não importa se é favorável ou não ao governo. No entanto, para ele, os delegados precisam ser imparciais e não podem agir com base em opiniões pessoais. Ele afirmou ter pedido ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello, que conduza a apuração para que a operação Lava Jato não seja influenciada pela posição partidária de seus responsáveis.
Foto de capa: Marcello Casal Jr. / ABr