A campanha de Dilma tem feito uma desconstituição programática dos seus adversários. Até os grandes viram nanicos diante de Dilma. Hoje defendem, ou foram obrigados a defender, o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Mais Médicos. Dizem que esses programas serão aperfeiçoados. Mas nada de novo apresentam.
Para o eleitor comum é possível enxergar dois PTs. Aquele dos processos e condenações. E aquele Partido que sabe fazer política social. A campanha de Dilma criou uma onda nacional porque soube mostrar e valorizar o PT das conquistas sociais. A onda Dilma está chegando aos estados com força. A onda Dilma pode surpreender e alcançar uma vitória no primeiro turno. Faltam 3%. Melhor: retirar 1,5% de Marina, em queda, e conquistar essa fatia.
Os candidatos do PT sobem no Brasil inteiro. No Ceará, Camilo Santana empatou com Eunício Oliveira do PMDB. Na Bahia, Rui Costa não para de subir. No RS, Tarso Genro virou e está na frente. Em Minas, Pimentel consolida a vitória no primeiro turno. Além de outras vitórias prováveis no Acre, Mato Grosso do Sul e Piauí. Também os candidatos ao Senado reagiram. Olívio Dutra no RS e Suplicy em São Paulo subiram pontos significativos nos últimos dias.
Padilha subiu, em São Paulo. Lindberg no Rio também reagiu. Está com 13% no Datafolha. Nas pesquisas internas, está embolado na disputa para o segundo turno. Crivella (PRB) tem 15% e Garotinho 17% (PP). Garotinho com trajetória de queda e Lindberg com trajetória de elevação. Crivella, estagnado.
Este sábado poderá ser decisivo. Poderá ser um sábado histórico. O PT tem militância verdadeira. Tem aquele militante que vai pra rua e convence. Os adversários têm cabos eleitorais pagos, que somente distribuem material, mas não argumentam. Não mudam votos. Poderá ser um sábado da onda do PT das políticas socais. Dilma poderá ampliar a sua vantagem e os candidatos nos estados poderão consolidar vitórias ou virar o jogo.
Moro no Rio, aqui Dilma virou o jogo nos últimos dias e ultrapassou Marina. Dilma tem 37%. Nas últimas eleições, Marina venceu Dilma aqui no Rio. Lindberg precisa de seus votos e mais 50% dos votos de Dilma para ir ao segundo turno. É possível. Mas para isso o PT terá que reativar a sua capilaridade e colocar nas ruas seus velhos e jovens militantes. Sábado será o dia de decisão de voto para muitos. Inclusive aqueles que já estão decididos poderão mudar de voto.
No Rio, é inaceitável deixar Garotinho, um candidato vazio de argumentos, um oportunista da política, disputar o segundo turno com o candidato do status quo, Pezão, um candidato do tucano Cabral (tucano, sim) e de Eduardo Cunha, símbolo do atraso que fez de tudo para barrar a aprovação na Câmara do Marco Civil da Internet.
No Rio, queremos ter uma disputa entre o candidato das políticas sociais, Lindberg, versus o candidato do grande poderio econômico, Pezão. Valerá a pena ver essa disputa.
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