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Paula Ribas, presidente da associação AMOALUZ, fala sobre a falta de transparência e representatividade da sociedade civil no projeto
Por Felipe Rousselet
O Projeto Nova Luz é uma iniciativa de requalificação urbana do polígono formado pelas avenidas Ipiranga, São João, Duque de Caxias, rua Mauá e avenida Cásper Líbero, na região central de São Paulo. Na teoria, ele prevê a valorização dos prédios históricos, reforma das áreas públicas, criação de espaços verdes e de lazer, e a melhoria do ambiente urbano da região. O projeto transfere a gestão de 45 quadras do bairro da Luz à iniciativa privada. 50% da área de abrangência do projeto será desapropriada e demolida.
Desde quando foi regulamentado o instrumento da concessão urbanística pela Prefeitura, em 2009, o projeto vem sendo alvo de críticas de moradores e comerciantes da região. Por pressão social foi criado o Conselho Gestor da ZEIS 3 (Zona Especial de Interesse Social da Santa Ifigênia), para que a sociedade civil fosse ouvida na implementação do projeto. Porém, nem mesmo o único fórum de discussão do Projeto Nova Luz mostra-se, de fato, democrático e transparente. A imprensa é impedida de acompanhar as reuniões. Só é liberada a entrada de jornalistas e equipamentos nos minutos iniciais e finais.
A presidente da associação AMOALUZ e conselheira da ZEIS 3, Paula Ribas, falou em entrevista à TV Fórum sobre a falta de representatividade de moradores e comerciantes na aplicação do Projeto Nova Luz, e também sobre as medidas que visam limitar a transparência deste processo.