Venda de quarteirão do Itaim continua suspensa, apesar de campanha da mídia

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Com 2% do caixa, prefeitura de São Paulo resolveria déficit de creche O Tribunal de Justiça manteve o veto ao projeto da prefeitura de São Paulo de vender para o mercado imobiliário uma área de 20 mil metros quadrados no Itaim Bibi. Liminar concedida no dia 4 de agosto pelo juiz Adriano Marco Laroca suspendia os planos de Kassab para o quarteirão, que abriga duas escolas, uma biblioteca, uma creche, um pronto-socorro, um teatro e uma unidade da Associação de Pais e Amigos Excepcionais (Apae). Apesar de os moradores serem contrários à venda, existir um processo de tombamento da área em curso e, mais importante, o local abrigar equipamentos públicos, a Prefeitura de São Paulo ainda deverá recorrer. A área, num bairro nobre da cidade, está avaliada em cerca de 30 milhões de reais, segundo a Prefeitura. A justificativa da prefeitura para a venda da área, é que o terreno seria trocado por 200 creches. No entanto, como já foi dito neste blog o caixa do governo municipal em 1º de junho deste ano era de cerca de 7 bilhões. Portanto, se essa venda tiver sucesso, será mais um caso desses em que as áreas públicas virarão prédios de luxo. Tal projeto não se justifica. Os jornais de São Paulo tentam defender a venda dizendo que seriam 32 mil novas vagas de creches e que o déficit da cidade no número de vagas já é de 130 mil. Ora, se com 30 milhões se constroem 32 mil vagas, com aproximadamente 2% do caixa da prefeitura daria para zerar esse déficit. É uma questão de prioridade.