IMPORTUNAÇÃO SEXUAL

“Você não está segura em nenhum local”: Nutricionista faz novo desabafo sobre assédio em elevador

Israel Leal Bandeira Neto é acusado de importunar outras duas mulheres, uma mãe e uma filha, também em um elevador

Larissa Duarte foi importunada no elevador em Fortaleza, no Ceará.Créditos: Reprodução
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"Eu tive angústia, eu tive raiva, tristeza, porque você não está segura em nenhum local, né? Eu estava ali trabalhando e, aí, um homem decidiu fazer o que ele bem queria assim. É algo revoltante, é algo que infelizmente a gente sabe que mulheres passam por isso todos os dias", afirmou a nutricionista Larissa Duarte, de 25 anos, em entrevista ao Fantástico deste domingo (24).

O empresário Israel Leal Bandeira Neto foi indiciado por importunação sexual após assediar uma nutricionista em um elevador, em Fortaleza, no mês de janeiro. O caso ganhou repercussão nacional na semana passada. Além disso, mais duas mulheres o denunciaram por crimes semelhantes. Mãe e filha relataram que sofreram assédio por parte de Israel, há pouco mais de dois anos, em dezembro de 2022, também em um elevador. Leia mais nesta matéria da Fórum.

As vítimas, que preferem não ter seus nomes identificados, também contaram ao Fantástico que o homem as tocou sem consentimento enquanto subiam no elevador de um condomínio residencial para ir a uma festa no dia 18 daquele mês. O homem teria tentado assediar as duas, mesmo sob a presença da esposa.

"Ele e a esposa entraram primeiro no elevador, ele estava atrás de mim e a esposa estava atrás da minha mãe e eu senti ele passando a mão embaixo da minha saia. Fiquei com a mão para trás. Eu não estava acreditando que realmente aquilo tinha acontecido", relataram ao programa. Embora as imagens não tenham sido requisitadas na época, a Polícia Civil agora busca analisá-las para confirmar as denúncias feitas pela mãe e pela filha.

Em seguida, o assédio também teria acontecido no estacionamento, após as mulheres saírem do elevador: "A gente passou pelo estacionamento para conseguir ir para a portaria. E aí, nesse percurso, ele se aproximou, colou um pouco mais nela e passou a mão nela de novo", disse a filha.

As vítimas do segundo caso revelaram que inicialmente não denunciaram o crime. A principal razão para essa decisão foi o medo, a descrença na justiça e o fato de achar que não conseguiriam encontrar o assediador. Um novo inquérito será instaurado contra Israel.