O Dia Internacional da Mulher tem origem em uma greve organizada por tecelãs e costureiras de Petrogrado em 1917, no dia 8 de março.
Milhares de mulheres trabalhadoras foram às ruas exigir "pão para os nossos filhos". Esse movimento foi o estopim para dar início a primeira etapa da Revolução Russa, que lograria sucesso.
Mais de cem anos se passaram desde a greve das mulheres russas que deu origem ao Dia Internacional da Mulher. Este movimento foi o responsável por questionar e transformar as estruturas masculinista e misógina das sociedades estabelecidas a partir do Contrato Social e da fundação do Estado Moderno.
Entre conquistas, avanços e retrocessos, o movimento feminista segue como um dos mais importantes do mundo e responsável pelas principais transformações do último século.
Dessa maneira, separamos algumas obras que, longe de dar conta do grande arcabouço da luta das mulheres, versam sobre o contrato social, trabalho, gênero, classe e raça.
Breve História do Feminismo, Carla Cristina Garcia (Claridade, 2018)
Neste livro, a professora e pesquisadora Carla Cristina Garcia, de maneira introdutória, busca contar a história do movimento feminista: de sua origem ao contemporâneo. Livro fundamental para quem busca conhecer a amplitude do movimento das mulheres.
Interseccionalidades: pioneiras do feminismo negro brasileiro, org. Heloisa Buarque de Hollanda (Bazar do Tempo, 2020)
Esse livro reúne textos de Lélia González, Beatriz Nascimento e Sueli Carneiro, consideradas pioneiras do pensamento feminista negro. Os textos selecionados para esta coletânea versam sobre a especificidade das relações entre gênero, raça e classe.
Por um feminismo afro-latino-americano, Lélia Gonzalez (Zahar, 2020)
Lélia Gonzalez é uma das principais figuras do feminismo negro brasileiro e da luta antirracista no país. Lélia foi filósofa, antropóloga, professora e militante do feminismo negro. Esse livro reúne uma série de textos fundamentais de Lélia que abarcam o período de 1979 a 1994.
O Contrato Sexual, Carole Pateman (Paz e Terra, 2008)
Leitura obrigatória dos textos feministas, nesta obra a cientista política Carole Pateman faz um longo estudo crítico sobre o Contrato Social e mostra como os teóricos do contrato dos séculos XVII e XVIII se calaram sobre o contrato sexual, que estabelece o patriarcado moderno e a dominação dos homens sobre as mulheres.
Quem tem medo do feminismo negro? Djamila Ribeiro (Cia das Letras, 2018)
Nesta obra, a filósofa Djamila Ribeiro, a partir de suas memórias da infância e da adolescência, discute o silenciamento, processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação.