VIOLÊNCIA SEXUAL

Menina que não teve autorização para aborto é estuprada e está grávida novamente

Com apenas 11 anos, a criança mora na zona rural de Teresina (PI) e foi vítima de estupro duas vezes por integrantes da família

Menina foi vítima de estupro duas vezes.Créditos: Agência Brasil/Arquivo
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Uma menina de apenas 11 anos de idade foi vítima de estupro pela segunda vez por integrantes da família e está grávida novamente. Na primeira, a criança teve o direito ao aborto negado. Ela mora na zona rural de Teresina, no Piauí.

O primeiro estupro aconteceu em janeiro de 2021, quando a vítima tinha 10 anos. Em setembro do mesmo ano, ela deu à luz a um menino. Na ocasião, a menina foi estuprada por um primo em um matagal. O autor foi assassinado e não se sabe a motivação.

A mãe da vítima, uma dona de casa de 29 anos, não autorizou o aborto da filha, segundo o site Piauí Hoje.

Com o nascimento do filho, a menina teve de abandonar a escola e não aceita tratamento psicológico. Há um mês ela passou a viver em um abrigo de Teresina. Os educadores, então, suspeitaram que ela estava grávida de novo.

“Ela estava sem menstruar, arredia e com comportamentos suspeitos. Levamos na maternidade para fazer exame e foi constatado que ela está grávida de três meses. Foi um susto, um choque”, declarou a conselheira tutelar Renata Bezerra, do núcleo da zona sudeste de Teresina, que acompanha o caso.

Na sexta-feira (9), a criança foi levada ao Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, na capital do Piauí, onde foi confirmada a gravidez.

Pai era favorável ao aborto legal, mas a mãe não permitiu

O pai da menina era favorável ao aborto legal. Porém, a mãe não concordou e, de novo, não autorizou o procedimento. O suspeito do segundo estupro é um tio, que a violentou enquanto ela dormia.

O primeiro filho da menina está sob os cuidados do avô. De acordo com a conselheira tutelar, ele pediu uma cesta básica para poder alimentar o neto, pois está desempregado e reside com mais cinco pessoas.

O estupro está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Conforme os familiares, o suspeito do crime ainda está solto.