Protagonista de um crime estarrecedor, o anestesista Giovanni Quintella Bezerra atuou em ao menos 10 hospitais públicos e privados do Rio de Janeiro desde que se formou, em 2017, pelo Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), no Sul Fluminense. Nas redes, o médico ostentava fotos no trabalho e em trajes sociais. “Vocês ainda vão ouvir falar de mim, esperem”, diz uma das publicações no Instagram, que foi fechado.
Giovanni Quintella, que se especializou em anestesiologia no mês de abril, deve perder a credencial de médico após o estupro de uma paciente grávida que foi sedada para passar por um parto cesárea no Hospital da Mulher em Vilar dos Teles, em São João Meriti, na Baixada Fluminense. A cena foi filmada por enfermeiras e o médico preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11).
Te podría interesar
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu processo para expulsar o anestesista. Para Clovis Bersot Munhoz, presidente do Cremerj, “as cenas são absurdas” - veja vídeo com imagens fortes ao final da reportagem.
A Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde, a que o Hospital da Mulher de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, está subordinado, repudiaram em nota a conduta do médico anestesista.
“Informamos que será aberta uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas, além de notificação ao Cremerj. A equipe do Hospital da Mulher está prestando todo apoio à vítima e à sua família. Esse comportamento, além de merecer nosso repúdio, constitui-se em crime, que deve ser punido de acordo com a legislação em vigor”, diz o texto.
Giovanni foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.