GIOVANNI QUINTELLA

Advogados deixam caso do anestesista preso por estupro de grávidas

Conselho Regional de Medicina vai abrir processo para expulsar Giovanni Quintella Bezerra

Créditos: Instagram
Escrito en MULHER el

O escritório que faria a defesa do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante após ser filmado estuprando uma paciente grávida durante a cesariana, anunciou na tarde desta segunda-feira (11) que não vai defendê-lo.

Após publicar uma nota alegando inicialmente que não teve acesso ao processo, aos depoimentos e às provas, o escritório de advocacia Novais disse que não tem interesse no caso. O escritório é o mesmo que defende Monique Medeiros, acusada pela morte do filho Henry Borell.

Giovanni foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão. O médico foi encaminhado para o presídio de Benfica e ainda pode passar por audiência de custódia.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu nesta segunda-feira (11) um processo para expulsar Giovanni. Clovis Bersot Munhoz, presidente do Cremerj, disse que “as cenas são absurdas”.

A Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde, a que o Hospital da Mulher de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, está subordinado, repudiaram em nota a conduta do médico anestesista.

“Informamos que será aberta uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas, além de notificação ao Cremerj. A equipe do Hospital da Mulher está prestando todo apoio à vítima e à sua família. Esse comportamento, além de merecer nosso repúdio, constitui-se em crime, que deve ser punido de acordo com a legislação em vigor”, diz o texto.

A investigação

A investigação teve como ponto de partida denúncias da equipe de enfermagem da unidade hospitalar que filmaram o anestesista colocando o pênis na boca de uma paciente quando ele participava do parto dela. 

A gravação, que foi entregue à polícia, foi realizada pelos colegas de trabalho do médico após surgir a desconfiança de que ele estava cometendo abuso sexual a paciente. 

Os colegas de trabalho do médico começaram a desconfiar por causa da quantidade de anestésico que o profissional utilizava e pelos movimentos estranhos que ele realizava quando ficava com as pacientes isoladas.

 A partir da desconfiança, a equipe de enfermagem resolveu colocar um celular na região em que a paciente fica isolada para filmar. Foi com isso que descobriram que o anestesista estuprava as mulheres que iam parir.  

O médico foi preso pela delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti. Lomba declarou ao G1 que agora eles investigam para descobrir quantas pacientes podem ter sido estupradas pelo médico Giovanni Quintella Bezerra. 

A defesa do médico ainda não se pronunciou.

 

 

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