Luis Felipe Manvailer é condenado a 31 anos de prisão por assassinato de Tatiane Spitzner

Defesa de Manvailer simulou agressão dentro do tribunal do júri. Advogada Maria Eduarda Lacerda quase caiu no chão com a simulação; veja vídeo

Luis Felipe Manvailer e Tatiane Spitzner (Arquivo pessoal)
Escrito en MULHER el

Após sete dias de júri popular, o professor universitário de biologia, Luís Felipe Manvailer, foi condenado a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão por homicídio qualificado e fraude processual por ter matado, segundo a conclusão do tribunal, sua ex-esposa Tatiane Spitzner, em julho de 2018. Cabe recurso à decisão.

O caso aconteceu em Guarapuava, na região central do Paraná. Tatiane, que era advogada, foi encontrada morta após cair do 4º andar do apartamento onde morava com o marido. Imagens de câmeras de segurança do prédio mostram Manvailer agredindo a mulher antes de seu corpo ser encontrado. 

O professor universitário chegou a levar o corpo da mulher para o apartamento e fugir após o ocorrido, mas foi capturado pela polícia no sudoeste do Paraná e está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) há dois anos e nove meses.

A princípio, a defesa do professor, que admite as agressões contra Tatiane, afirmava que a mulher havia se jogado da janela. Depois, passou a sustentar que ela teria caído por acidente.

Na decisão, o juiz Adriano Scussiato Eyng não concedeu a Manvailer o direito de recorrer em liberdade, mantendo a prisão preventiva. O agressor também deverá pagar R$ 100 mil aos pais de Tatiane por danos morais. 

Simulação de agressão

O sétimo e último dia do julgamento de Manvailer foi marcado por uma cena que chamou a atenção de internautas. A defesa dele, para sustentar sua tese de que ele havia apenas agredido Tatiane, e não a matado, simulou uma agressão dentro do tribunal do júri.

Em vídeo que circula nas redes sociais, o advogado Cláudio Dalledone Júnior aparece segurando a advogada Maria Eduarda Lacerda com força pelo pescoço e a empurra, a ponto de ela quase cair no chão. 

Diante da repercussão do vídeo, a própria advogada Maria Eduarda Lacerda, que compõe a defesa de Manvailer, no entanto, foi às redes sociais para dizer que a cena foi previamente combinada. “Inclusive sou eu, tá tudo certo. A gente faz por amor a causa, foi tudo combinado previamente”, escreveu ao comentar em uma publicação que destacava o vídeo.