Até mesmo os aliados do governo criticaram a medida tomada por Jair Bolsonaro. O presidente vetou a distribuição gratuita de absorventes para estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema.
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi às redes sociais, nesta sexta-feira (8), para dizer que a decisão de Bolsonaro não deve prosperar e que o veto é “candidatíssimo a ser derrubado” pelo Congresso Nacional.
“Sobre o projeto de lei que prevê fornecimento de absorventes pelo SUS, pautei no Senado e o aprovamos rapidamente, porque queríamos transformar essa realidade. São impressionantes as histórias de proteção com papel de jornal e miolo de pão por adolescentes e mulheres carentes. O Congresso está pronto para contribuir com o governo nas soluções de cunho fiscal, mas considero desde já que esse veto é candidatíssimo a ser derrubado”, postou.
Damares
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu, nesta sexta, o veto de Bolsonaro ao projeto de lei da deputada federal Marília Arraes (PT-PE).
“O nosso governo já estava apresentando esse programa, não foi entregue por causa da pandemia. Hoje, a gente tem que decidir, a prioridade é vacina ou é absorvente?”, questionou, para espanto geral.
“As mulheres pobres sempre menstruaram nesse Brasil e a gente não viu nenhum governo se preocupar com isso. E agora, o Bolsonaro é o carrasco porque não vai distribuir esse ano. É uma questão de prioridade, não vamos tirar o arroz da cesta básica para colocar o absorvente”, acrescentou.