Homem mata esposa na frente das filhas e grava áudio no celular: “Da igreja para assassino”

“Eu tive uma explosão de ânimo, agredi ela demais e ela veio a óbito, por causa do quê, da traição, do adultério; era crente, pregador da palavra, agora sou um assassino”, declarou o criminoso, preso em Três Corações (MG)

O crime ocorreu na casa onde a família morava - Foto: Reprodução EPTV
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A trágica e, ao mesmo tempo, extensa lista de feminicídios que acontecem no Brasil desde a véspera de Natal, registrou mais um caso. Thiago da Silva Ribeiro, de 35 anos, confessou ter assassinado a facadas a esposa, Camila Miranda Bandeira, de 32 anos, em Três Corações, Minas Gerais.

O homem, que já está preso, matou a mulher na frente das filhas, que têm entre 6 e 11 anos. Após o crime, usou o celular para tentar “explicar” as razões que o levaram ao feminicídio.

“Eu matei a minha própria esposa. Eu tive uma explosão de ânimo, de coisa, agredi ela demais e ela veio a óbito, de ontem para hoje, por causa do quê, da traição, do adultério; da igreja para assassino, era crente, pregador da palavra, agora sou um assassino”, declarou o criminoso, em áudio.

De acordo com as filhas do casal, a briga ocorreu devido a ciúmes. Uma vizinha conseguiu ver o momento em que Camila tentou fugir antes de ser morta.

“Ela saiu pelo portão com as quatro filhas dela e desceu o morro. Ele correu atrás dela, segurou pela cintura e enfiou ela pra dentro do portão”, testemunhou.

De acordo com informações da Polícia Militar, o homem trancou a esposa e as filhas em um cômodo e, na sequência, foi buscar uma faca. Em meio às agressões, Thiago cortou os cabelos de Camila.

“Espanquei sua filha”

Com mais requintes de crueldade, antes de fugir, o homem telefonou para a família da esposa. Quem atendeu foi o pai dela, Wandir Bandeira: “Vem aqui que eu espanquei a sua filha, eu acho que matei ela”, disse o homem, esbanjando frieza.

Conforme informou a delegada Hipólita Brum de Carvalho, que vai assumir o inquérito, em maio de 2020, Camila chegou a registrar queixa de agressão contra o marido.

“Mas ela não veio pedir medida protetiva, não veio representar, não veio pedir nenhuma ajuda da nossa parte, ela só registrou, mas não quis nem atendimento médico na época”, afirmou.

Com informações do G1