Justiça manda prender homem que espancou mulher em Ilhéus

Carlos Samuel Costa Filho acumula mais de 11 denúncias na Justiça por violência doméstica, ameaça e cárcere privado

Foto: Reprodução
Escrito en MULHER el

A pedido do Ministério Público, a 2ª Vara Criminal de Ilhéus determinou a prisão preventiva de Carlos Samuel Costa Filho nesta sexta-feira (16). O homem foi filmado espancando uma mulher no bairro Nelson Costa, em Ilhéus (BA), e o vídeo viralizou nas redes sociais. As agressões ocorreram no mês de junho.

De acordo com o MP-BA, não é a primeira vez que Carlos comete violência doméstica. Ele já foi denunciado à Justiça 11 vezes por crimes de violência doméstica, além de ameaça e cárcere privado contra uma ex-namorada. A Polícia Civil informou que o homem chegou a ser preso em flagrante por agredir a mãe, tendo sido liberado em seguida pela Justiça.

Carlos prestou depoimento nesta quinta em uma Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher após se apresentar com um advogado. O conteúdo do depoimento dele não foi divulgado. Em nota ao Universa, ele disse que é um "jovem trabalhador" e que sabe que vai "sofrer as reprimendas judiciais conforme se prevê a lei".

O vídeo que viralizou nas redes sociais mostra Carlos discutindo com a vítima, que insiste que o agressor vá embora. “Me solte e vá embora. Você acha que porque você é amigo de polícia… Eu vou dar queixa de você aqui, minha boca está do jeito que está”, diz a mulher.

O sujeito olha na direção das testemunhas e chega a apontar para o morador que registrava a cena. Em seguida, ele dá ao menos oito socos contra o rosto da vítima antes de deixar o local.

Filho de ex-secretário

O agressor é filho do ex-secretário de Serviços Urbanos de Ilhéus, Carlinhos Freitas. Filiado ao PTB, Carlinhos tentou concorrer ao cargo de vereador em 2016. O PTB é uma das siglas que apoiam o governo Bolsonaro e tem o ex-deputado federal Roberto Jefferson como presidente nacional.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlinhos desistiu de concorrer ao cargo alegando “motivos particulares”. Na época, ele presidia o Partido Trabalhista Brasileiro em Ilhéus.