Por Redação
A campeã do UFC Ronda Rousey, invicta já há doze lutas, ganha salários muito inferiores aos de seus colegas homens. Apesar de ser um fenômeno de popularidade e de bater suas adversárias de forma arrasadora, aparentemente a franquia para a qual trabalha não promove a igualdade entre os gêneros.
Tomemos como exemplo o último confronto de que Ronda saiu vencedora em apenas 34 segundos, contra a brasileira Bethe Correia, no último final de semana, válido pelo UFC 190. De acordo com o portal BrasilPost – que se baseou em informações divulgadas pelo site Vocativ –, à ocasião, a norte-americana arrecadou US$ 140 mil: US$ 70 mil pelo contrato e outros US$ 70 mil pela vitória. Enquanto isso, Chris Weidman, outro lutador considerado de ponta que mantém a invencibilidade há treze edições, recebeu três vezes mais no UFC 187, em maio, quando nocauteou o brasileiro Victor Belfort. Foram US$ 250 mil pela luta e outros US$ 250 mil pela vitória, contabilizando US$ 500 mil.
Ainda segundo o BrasilPost, a progressão dos valores direcionados a Weidman e Ronda também é diferente. Em suas primeiras nove lutas, ele recebeu entre US$ 10 mil e US$ 100 mil, até se tornar campeão do peso médio, em junho de 2013, quando o pagamento para a luta seguinte saltou de imediato para a casa dos US$ 400 mil. Para ela, os pagamentos foram subindo de US$ 10 mil em US$ 10 mil, até os atuais US$ 140 mil.
Em março deste ano, o portal ESPN já havia divulgado matéria sobre a diferença de salários pagos a Ronda e aos homens. Naquele mês, no UFC 184, quando a californiana finalizou Cat Zingano em apenas 14 segundos, ficou longe de ser quem mais faturou na noite. Aliás, ganhou menos do que Jake Ellenberger, que não vencia uma luta há dois anos, desde março de 2013. Pelo triunfo sobre Josh Koscheck, Ellenberger levou US$ 186 mil – US$ 68 mil pela vitória e US$ 50 mil por performance. Já Ronda recebeu ao todo US$ 180 mil: US$ 65 mil pela vitória e mais US$ 115 pela performance.
(Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/UFC)