Segundo levantamento de dados sobre diversidade divulgado pelo Facebook no ano passado, apenas 15% dos funcionários da empresa em postos relacionados à tecnologia são mulheres. No LinkedIn, elas representam somente 17% dos empregados da área. No restante das companhias do Vale do Silício, esse é praticamente o cenário padrão.
O programa pretende criar grupos de estudos em universidades, coordenados por tutores, na tentativa de envolver mais alunas no campo da tecnologia, além de prepará-las para serem funcionárias das corporações responsáveis pela iniciativa. A expectativa é que, em pouco tempo, ela se globalize, com grupos de estudos em instituições públicas e privadas.
A LeanIn.org, ONG de Sheryl Sandberg, chefe de operações do Facebook, irá fornecer uma plataforma para os grupos de apoio às estudantes. "Muitos de nossos consumidores, pelo menos metade deles, às vezes mais, são mulheres", disse Sandberg em entrevista à Associated Press. "Nós construímos um produto que dá às pessoas uma voz, e sabemos que não podemos construir um produto para o mundo, a menos que nossas equipes reflitam a diversidade das pessoas que usam esse produto."
Para Telle Whitney, presidente e CEO do Instituto Anita Borg, parceiro no projeto, quando a diversidade é maior, a qualidade do produto também é elevada a outro patamar. "Pense bem: se todo mundo que cria um produto tem a mesma aparência, você sabe que os resultados não serão tão interessantes. Nós queremos, para o bem do nosso futuro, que as mulheres se envolvam em todos os projetos que pretendem mudar nossas vidas", afirmou à AP.
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*Com informações da Associated Press e do jornal O Globo
(Foto de capa: Reprodução/Facebook)