CENTRAL DE MOVIMENTOS POPULARES

CMP encerra congresso em Salvador e define prioridades para os próximos quatro anos

Raimundo Bonfim foi reeleito por unanimidade como coordenador nacional da Central de Movimentos Populares; veja o que foi deliberado

VII Congresso Nacional da Central de Movimentos Populares (CMP).Créditos: Foto: Divulgação
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Após quatro dias de intensos debates políticos na cidade de Salvador, o VII Congresso Nacional da Central de Movimentos Populares (CMP) chegou ao seu encerramento no último domingo, 29 de outubro.

O evento contou com a participação de 500 delegados e delegadas representando 21 estados brasileiros, além de 90 convidados. Durante esses dias, os participantes discutiram uma ampla gama de temas, compartilharam experiências e celebraram o trigésimo aniversário da fundação da CMP. Essa organização, única em seu gênero no Brasil, reúne mais de 4 mil movimentos de base de todas as regiões do país.

A cerimônia de abertura, realizada em 26 de outubro, atraiu um público estimado em mais de mil pessoas e ocorreu no centro de convenções do Hotel Fiesta.

Diversos delegados, militantes e lideranças de movimentos populares e sociais estiveram presentes, tornando o evento um marco para a atuação dessas organizações.

Um dos momentos mais significativos da noite foi a leitura de uma carta enviada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos participantes do congresso. A mensagem foi transmitida pelo ministro Marcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência.

Sob o tema "30 anos de lutas e resistência" e o lema "Contra o fascismo, em defesa da democracia, dos direitos e da vida", o congresso estabeleceu como prioridades para os próximos quatro anos a defesa da democracia, dos direitos sociais, a luta contra o fascismo, a taxação das grandes fortunas, a redução das taxas de juros, a soberania nacional, o combate às desigualdades, o aumento dos recursos para as políticas públicas e o aprofundamento da participação popular.

Raimundo Bonfim, advogado de 59 anos e colunista da Fórum, foi reeleito por unanimidade como coordenador nacional da organização. 

"Foi um congresso muito representativo, plural, com bastante debate político e programação cultural. Um grande momento de reencontro da militância da CMP, após a pandemia da Covid-19, das mobilizações em defesa da democracia, da derrota de Bolsonaro e da eleição do Lula", celebrou Bonfim.