A Praça Charles Muller (Pacaembu), em São Paulo, que já reuniu lideranças políticas como os ex-presidentes Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no comício das Diretas Já! vai sediar, o ato unificado das centrais sindicais em comemoração ao 1º de Maio, Dia do Trabalhador.
O ato político do 1º de Maio com falas das lideranças das centrais sindicais e seus convidados(as) será entre 10h e 14h. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou presença.
O ato vai reunir as centrais sindicais Força Sindical, CTB, UGT, NCST, Intersindical - Central da Classe Trabalhadora, e Pública, movimentos sociais e partidos políticos do campo progressista.
“É fundamental a unidade das centrais para ganharmos essa batalha e não só no 1° de Maio, mas em todas as nossas ações para enfrentar os ataques de governos e dos patrões aos nossos direito”, diz o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo.
Diversas atrações artísticas estão previstas para marcar a data. A partir das 13h está previsto o ato político e inter-religioso com lideranças da CUT e demais centras e de movimentos sociais, além, personalidades do meio político, acadêmico e artístico.
Após as 15h, artistas como Daniela Mercury, Leci Brandão, Francisco El Hombre e Dj KL Jay se apresentam com shows especiais.
Dia de luta
A luta por democracia, dizem os sindicalistas, voltou a ser a bandeira prioritária da classe trabalhadora. Além de levar as reivindicações dos trabalhadores às ruas, depois de dois anos de isolamento social por causa da pandemia, "o 1° de Maio também terá a função de dialogar com a população sobre a realidade atual e a necessidade de recolocar o país no rumo do desenvolvimento, com emprego decente, justiça social e distribuição de renda". A afirmação é do presidente da CUT São Paulo.
“É um ano importante em que teremos as eleições e um momento para dialogar ainda mais com o conjunto da classe trabalhadora e esse diálogo se dá, em particular, pelo debate do processo eleitoral porque é pela política que definiremos o futuro”, diz o dirigente.
Ele explica que, assim como em 1984, quando, após o comício do ano anterior, a campanha pelas Diretas Já! ganhou corpo e mobilizou a população para lutar pela reorganização política do país, este momento exige que o povo brasileiro derrote nas urnas o atual governo e eleja um projeto que seja voltado às questões sociais e trabalhistas.
“Vamos decidir que país queremos, se um país triste, de desempregados, desalentados, de miseráveis e com um governo que não aponta para soluções para os trabalhadores ou se damos um rumo e recolocamos o Brasil nos trilhos do desenvolvimento com geração de emprego e renda”, defendeu.
Paralelamente, segundo o presidente da CUT, as centrais aprovaram a Pauta Da Classe Trabalhadora, uma plataforma para as eleições em que estão as principais propostas para combater o momento difícil pelo qual passam os trabalhadores. A plataforma, já foi entregue a Lula em um encontro com sindicalistas, realizado em São Paulo.
Posteriormente, o documento também será entregue aos candidatos que concorrem às cadeiras legislativas.
Esperança
A esperança, segundo os dirigentes sindicais, é por um governo que combata a disparada da inflação, que vem batendo recordes em especial por causa dos preços dos alimentos e dos combustíveis, o desemprego e coloque em prática uma política econômica que atenue a tragédia vivida diariamente pelos brasileiros mais pobres, que não têm um salário no fim do mês ou uma renda que garanta a sobrevivência.
Atos em outras cidades
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Com informações da CUT/SP