DIA INTERNACIONAL DA MULHER

8 de Março: Mulheres vão às ruas pelo fim do governo Bolsonaro e por um país sem violência e fome

“A fome é um ponto central", afirma Melayne Macedo dirigente da Central de Movimentos Populares

Manifestação do 8 de Março.Créditos: ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)/CUT
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No 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, brasileiras de todo o país saem às ruas para pedir o fim da violência contra as mulheres, do machismo, racismo, fome e, principalmente, por Bolsonaro nunca mais. A mobilização prevista para terça-feira já tem atos programados para pelo menos 15 estados.

As mulheres da Central de Movimentos Populares (CMP), um dos movimentos que compõem a mobilização, defendem que a derrubada de Bolsonaro do poder é uma luta necessariamente feminista, anti-imperialista, anticapitalista, democrática, antirracista e antiLGBTQIA+fóbica. Destacam ainda que representa uma luta contra o desemprego, pela saúde, pelos direitos sexuais e reprodutivos, além da defesa do SUS e dos serviços públicos gratuitos e de qualidade. 

O coletivo de mulheres da CMP ressalta que o governo Bolsonaro tem aprofundado a crise econômica no Brasil e tornado a vida das mulheres ainda mais difícil. O número de brasileiras desempregadas já chega a quase 9 milhões e, segundo o Dieese, já são quase 51 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza nos últimos dois anos e mais de 10 milhões estão passando fome.

“A fome é um ponto central. No ano passado, em uma articulação com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e diversos movimentos sociais, conseguimos atender a mais de 500 famílias com distribuição de gás a preço justo e articulamos a doação direta de mais de 10 toneladas de alimentos. Ações concretas para superação da fome são necessárias e fazem parte da nossa luta”, destaca Melayne Macedo, do coletivo de mulheres da CMP de Pernambuco.

Outra pauta que estará presente nas ruas será a luta contra a violência contra as mulheres. Nos primeiros seis meses de 2021, quatro mulheres foram mortas por dia no país por um atual ou ex-parceiro, totalizando 666 vítimas de feminicídio de janeiro a junho de 2021, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 

“Infelizmente a pandemia agravou o cenário de violência contra a mulher e exige uma maior mobilização social. O discurso de ódio de Jair Bolsonaro também tem se espalhado e faz de nós, mulheres, sermos alvo preferencial dos machistas. Precisamos lutar contra isso. Não somos números, precisamos resistir para existir. A resistência e mobilização das mulheres é uma potência de transformação latente”, pondera a representante do Coletivo de Mulheres da CMP.

Os movimentos que compõe a mobilização do dia 8 lançaram um manifesto intitulado “Pela Vida das Mulheres, Bolsonaro Nunca Mais! Por um Brasil sem machismo, racismo e fome", confira aqui.

Veja abaixo onde haverá atos no Dia Internacional da Mulher

PE -  Recife – Parque 13 de Maio 15h
PA – Belém – Praça da República 17h
RJ – Rio de Janeiro – Candelária 16h s (concentração)  18h (saída da marcha)
MG – Belo Horizonte – Praça da Liberdade 16:30h
MG – Juíz de Fora – Praça da Estação 17h
BA – Salvador – Campo Grande à Praça da Piedade 15h
CE – Fortaleza – Praça do Ferreira 13h
MA – São Luiz – Praça Deodoro 15h
PR – Guarapuava – Terminal da Fonte 17h
PR – Curitiba – Praça Santos de Andrade 16:30h
RN – Natal – Praça Gentil Moura 14h30
SP – Capital – Avenida Paulista 16h
ES – 04/03 Centro - Em frente ao Banco do Brasil São Mateus 18h