As manifestações marcadas contra o presidente Jair Bolsonaro no próximo sábado (2) já estão confirmadas em 160 cidades brasileiras e em 14 países - e o número de atos, até lá, deve crescer ainda mais.
A expectativa da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que organiza a mobilização, é que o ato de São Paulo (SP) seja o maior não só do dia, mas como de todas as outras 6 jornadas de manifestações contra o presidente realizadas desde o início do ano.
Não à toa, o protesto da capital paulista reunirá políticos de diferentes partidos e estados. Confirmaram presença, por exemplo, lideranças do PDT e do PT, apesar das críticas públicas que Ciro Gomes (PDT) faz ao ex-presidente Lula (PT).
Ciro é um dos que comparecerão, assim como outras lideranças de sua legenda, como o ex-ministro Carlos Lupi, presidente nacional do PDT. A presença de Lula, por sua vez, é incerta, mas o PT será representado pela presidenta nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann, e pelo ex-prefeito Fernando Haddad.
O vice-presidente da CPI do Genocídio, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), bem como Alessandro Vieira (Cidadania-SE), também estarão presentes no ato da avenida Paulista, que ainda reunirá Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D'Ávila (PCdoB), Carlos Siqueira (PSB), Juliano Medeiros (PSOL), Orlando Silva (PCdoB), Alessandro Molon (PSB), Tabata Amaral (PSB), Erica Malunguinho (PSOL), Marina Helou (Rede), entre outros.
Se somarão à mobilização também lideranças lideranças evangélicas, católicas e de movimentos sociais, artistas, esportistas, estudantes e os presidentes de todas as centrais sindicais. Estarão no ato Raimundo Bonfim (Central de Movimentos Populares), Bruna Brelaz (UNE), Gilmar Mauro (MST), Natalia Szermeta (MTST), Douglas Belchior (Coalizão Negra por Direitos), Sonia Coelho (Marcha Mundial de Mulheres), Rozana Barroso (União Brasileira de Estudantes Secundaristas), Sérgio Nobre (CUT), Adilson Cordeiro (CTB), Índio (Intersindical) entre outras entidades.
A manifestação de São Paulo terá início a partir das 13h do próximo sábado (2) no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Confira a lista completa atualizada de todos os atos, no Brasil e no exterior, aqui.
União entre partidos
No dia 15 de setembro, partidos de oposição e centro se reuniram na Câmara dos Deputados e criaram um comitê pró-impeachment que vai unificar ações contra Jair Bolsonaro.
Na reunião entre parlamentares, que contou com a presença de lideranças do PT, PDT, PSB, PSOL, PCdoB, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade, ficou estabelecida a adesão de todas essas legendas às manifestações contra Bolsonaro marcadas para o dia 2 de outubro e 15 de novembro.
Os partidos se unirão à Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que agrega movimentos populares e entidades da sociedade civil, para mobilizações conjuntas, que vêm após o ato esvaziado do Movimento Brasil Livre (MBL) no último dia 12 que contou com a presença de alguns representantes de segmentos de esquerda e centro-esquerda.