O Partido da Causa Operária (PCO) será cobrado pelas demais organizações políticas e sociais que compõem a coordenação da campanha “Fora Bolsonaro”. O partido foi criticado por ter atuado de forma agressiva contra militantes do PSDB e do Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC) no último sábado (3), na jornada do 3J.
Segundo informações da colunista Bela Megale, de O Globo, PT, PSOL, PCdoB, MST, MTST e CUT irão se reunir com o partido neste sábado (10) para cobrá-lo em razão dos atos de violência ocorridos na manifestação da Avenida Paulista. O PCO entrou em confronto com tucanos e acabou agredindo integrantes do MSTC.
Os organizadores querem que o ato seja aberto a todos que desejem se somar à campanha do Fora Bolsonaro. O partido estava prometendo repetir a dose e voltar a tentar expulsar militantes de direita nas próximas manifestações, o que não está de acordo com o que pensam os demais movimentos.
Em entrevista ao Fórum Onze e Meia na segunda-feira (5), a líder do MSTC, Carmem Silva, deu detalhes da agressão sofrida por militantes sem-teto e reforçou que dois celulares foram roubados. "Fui surpreendida com uma bandeira, com militantes do PSDB. Eu chamei o meu pessoal e disse ‘vamos recuar um pouco e deixar o PSDB passar’ e disse que não queria que tirassem fotos com a gente na frente com a bandeira do PSDB atrás. E no que eu estou recuando, vejo dois militantes nossos apanhando de militantes do PCO. Era a Bianca apanhando e o Felipe e eu fui tirar os dois”, contou.
"Eles bateram em nós, inclusive fizemos Boletim de Ocorrência, nós temos vídeos. Dois homens do PCO vieram para cima de mim e dissera ‘você quer o PSDB na rua?’… enquanto eu estou de costas, tirando o meu pessoal que está apanhando tinha uma mulher me atacando pedra”, completou.
A Central dos Movimentos Populares (CMP) divulgou uma nota na quarta-feira condenando as agressões contra o MSTC e anunciando que estuda tomar providências legais.