No dia em que a Câmara dos Deputados concluiu a votação do projeto que permite que empresários furem a fila da vacinação contra a Covid-19 e sejam imunizados antes de grupos prioritários, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo anunciou a adesão à greve convocada pelo setor dos transportes cobrando a definição de um cronograma de vacinação dos trabalhadores que atuam na área e a adoção de um lockdown para conter a pandemia de Covid-19.
"A principal reivindicação é a vacinação urgente para os metroviários e demais trabalhadores do transporte público. Há também a reivindicação de que governos implementem o lockdown, o auxílio emergencial e as diretrizes descritas no Plano de Emergência apresentado pelo Sindicato", diz nota divulgada pelo sindicato nesta quarta-feira (7).
Segundo os metroviários, a assembleia que decidiu pela adesão ao movimento aconteceu na noite de terça-feira (6), quando a Câmara já havia aprovado a vacinação privada. A categoria também decidiu participar do Dia de Luto e de Luta, em 16/4, quando trabalharão sem uniforme, de preto e com adesivos.
O Sindmotoristas, sindicato que representa trabalhadores do transporte rodoviário, já havia anunciado adesão ao movimento. No dia 1º de abril, a Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado de São Paulo (FTTRESP) deu 15 dias para apresentação de um plano.
Caminhoneiros, motoristas e entregadores de aplicativo também podem se juntar ao movimento grevista.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) celebrou a mobilização. "Os trabalhadores estão inconformados com a inação dos governos para preservar a vida. Dia 16 haverá o Dia de Luto e Luta. Viva os metroviários", tuitou.