A primeira-dama de São Paulo, Bia Doria, atacou as ações do padre Júlio Lancelotti, que acolhe parte da população marginalizada que vive nas ruas centrais da capital paulista.
Em entrevista ao portal Uol nesta sexta-feira (19), Bia, que preside o Fundo Social de São Paulo, atacou o religioso ao criticar o trabalho de organizações não governamentais (ONGs) que atuam com a população de rua dizendo que o dinheiro que o governo do estado repassa "daria para construir não sei quantos prédios por mês, mas ninguém pode mexer nelas senão todo mundo começa a gritar".
"Tira um prato de comida do padre Júlio Lancelotti para ver como ele grita. Agora pergunta quantas pessoas ele tira da rua? As pessoas precisam voltar para a sociedade, as pessoas precisam tirar da cabeça esse assistencialismo", disse ela, que já declarou que a população de rua é "preguiçosa".
Na entrevista, Bia disse que não iria "falar a verdade [sobre o que pensa dos moradores de rua], porque vai dar polêmica".
"Não basta dar um prato de comida, tem que fazer esse morador de rua voltar para a família, para a sociedade. E tem que ser um esforço conjunto, incluindo Saúde e Segurança. Se tirar os doentes, idosos e crianças, os outros estão ali porque não querem trabalhar, porque as ONGs alimentam eles. É um comércio. Não vou dizer que eles são preguiçosos… eles se acomodaram. Pode dar curso, habitação, mas eles voltam para a rua".